Quem sou? Essa é, talvez, a pergunta mais profunda, poderosa — e por vezes angustiante — que podemos nos fazer. E no meio da correria do dia a dia, das cobranças externas, das exigências internas e da ansiedade que não nos dá trégua, essa pergunta vai sendo esquecida, sufocada… até o ponto em que simplesmente não sabemos mais a resposta. Vivemos com o nome que nos deram, o CPF que nos cadastraram, os rótulos que nos atribuíram — mãe, pai, funcionário, ansioso, sensível demais, forte demais, fraco demais. Mas quem você é de verdade? Essa pergunta não se responde com o que você faz, nem com o que você tem. Ela se responde com presença. Com silêncio. Com a coragem de parar tudo por um instante e ouvir aquilo que só o coração consegue explicar.

Você não é a sua ansiedade. Você não é seus pensamentos negativos. Você não é sua história de dor, nem o que os outros disseram sobre você. Você é quem observa tudo isso acontecer dentro de você. Você é quem sofre… e quem escolhe continuar. Quem tem medo… mas ainda assim segue. Quem chora em silêncio… mas se levanta todos os dias. Você é consciência em processo de cura. Você é um ser humano em transformação. E por trás de todos os pensamentos acelerados, das emoções conflitantes e da tentativa de “dar conta de tudo”, existe um eu mais profundo, mais calmo, mais inteiro, que está apenas esperando para ser reconectado. Esse eu não se perde. Ele só foi silenciado pelas vozes externas. Mas agora, você está voltando para ele. E isso muda tudo.

No caminho da reprogramação mental, essa pergunta “Quem sou eu?” deixa de ser uma crise e passa a ser uma jornada. Porque, na verdade, você não precisa encontrar uma resposta definitiva. Você precisa apenas se permitir ser, sentir, descobrir. Um pouco mais a cada dia. A cada respiração consciente. A cada escolha de se tratar com mais gentileza. Você é quem decide sair do piloto automático. Você é quem escolhe não viver mais refém da ansiedade. Você é quem transforma uma ferida em aprendizado. Você é quem, mesmo sem ter todas as respostas, continua buscando. E isso já é ser muito mais do que qualquer rótulo poderia dizer. Isso é ser presença. Isso é ser real. Isso é ser você — além da ansiedade, além da mente, além das crenças.

Então, se você chegou até aqui buscando quem é… a resposta pode ser mais simples do que parece: você é o agora. Você é a presença que está lendo essas palavras. Você é a respiração que sente. Você é a intenção de melhorar, de curar, de reencontrar sua paz. E se tudo isso já está dentro de você, então talvez você já saiba, no fundo, quem é. E mesmo que a mente ainda questione, mesmo que os medos voltem a aparecer, você pode escolher lembrar: eu sou mais do que o que penso. Eu sou mais do que o que sinto. Eu sou consciência em movimento. E eu estou voltando para casa.